tag:blogger.com,1999:blog-246707802024-03-13T00:43:08.087-03:00in color.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.comBlogger308125tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-36457664071849337122012-04-19T23:16:00.000-03:002012-04-19T23:17:17.312-03:00trajetoÉ tudo caminho. Nunca se chega a lugar nenhum, por opção ou natureza humana. Nunca estamos satisfeitos.<br /><br />E nesse trajeto, só sei mais de mim. Cada vez mais. A ponto de deixar acabar esse espaço.<br /><br />Pois é, nessa parte do trajeto, hoje, dou fim.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-82391854117642420102011-10-22T00:37:00.002-02:002011-10-22T00:41:15.171-02:00Há alguns meses não sinto vontade de expressar nada que não para mim mesmo. Deve ser o excesso de palavras que sou obrigado a despejar diariamente, por sim e por não, para que aconteça o que me ocupa tanto. E, se é assim, muita coisa ficou pra trás. Esse, que era um diário não tão diário de lembranças pra qualquer momento a frente, assim, ficou perdido.<br /><br />Acontece que, hoje, mesmo sabendo que não estou sozinho, há uma solidão insistente. Vontade de te ter aqui, do meu lado, quase que sendo eu, célula a célula em contato, esquentando os pés. Tão perto que poderia machucar, mas não. Simplesmente ocuparia esse vácuo que, na tua ausência, intacto e verdadeiro, me faz escrever.<br /><br />É estranho escrever sem saber onde quero chegar, mas, de qualquer forma, fica um registro: estou feliz, sentindo falta, esperando os dias passarem, querendo mais.<br /><br />Talvez, pela primeira vez, isso seja saudável.<br />Verdadeiro.<br />Bilateral.<br /><br />E intenso, como deveria ser.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-62451267606501417722011-04-29T22:43:00.001-03:002011-04-29T22:44:49.958-03:00Tu fala febre, entendo distância;<br />Tu fala trabalho, entendo ausência;<br />Tu fala tudo bem, mea culpa é só o que penso,<br />não por estar bem,<br />mas por pensar demais.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-25739966380853130722011-04-07T23:21:00.002-03:002011-04-07T23:31:55.189-03:00E chega o outono e ameniza. É essa sua função, ser ameno. Desempenha bem, podemos dizer, a tarefa atribuída, porém, acalma a quem?<br />Se o coração do menino parece teimar em bombear o sangue para que seus pensamentos recorrentes, insólitos e perdidos nesse passado não tão distante, continuem a existir e preencher com um vazio imenso a vida que ainda tem muito a correr?<br />Vazio esse, tão impalpável quanto o vazio pode ser, e que ocupa, em momentos calmos como esse, todo o ser que tenta, sem sucesso, se desfazer do que parece estar impregnado nos cabelos, unhas, olhos.<br />Sinapse coerente, de resultado esperado, não interrompida, inevitável.<br />Quem dera se, com escova, pano, água e sabão, tudo pudesse ser esfregado e escorresse pacificamente pelo ralo. Sem lutar.<br />Todas as células contaminadas com tua lembrança iriam para lugar tão distante quanto hoje estamos, e nessa distância, esquecidas, deixariam de viver em outro ser, tal qual parasita.<br /><br />Hoje, tudo que precisa o menino é que esse vazio deixe de preencher.<br /><br />A vida é mais do que isso?ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-30597697541091443832011-02-20T03:11:00.002-03:002011-02-20T03:12:11.189-03:00so incomplete.<div><br /></div><div>tudo parece em seu lugar,</div><div>e,</div><div>ao mesmo tempo,</div><div>ir com o vento.</div><div>contra.</div><div><br /></div><div>de um jeito,</div><div>daquele,</div><div>que só o ar pode fazer ser.</div><div><br /></div><div>eteréo,</div><div>mas não sonho,</div><div>somente,</div><div>impalpável.</div>ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-27859764191777215812011-01-30T21:17:00.003-02:002011-01-31T17:29:39.325-02:00Não sou estudioso. Nem filósofo, nem antropólogo, nem historiador, nem sociológo. Muito menos psicólogo. Mas ultimamente tenho me permitido discorrer sobre o momento em que vivemos. Chamo de "Era do Vazio". Sinto que isso é tudo que nos preenche, essa ansiedade. Sentimento de incompleto. Essa volatilidade, vontade de luxo, logo depois, simplicidade. Vontade de ficar rico, e antes disso, defender o meio-ambiente. De viajar, mas sentado na frente do computador. Momento de opostos.<br /><br />Ciclos curtos, quase que indefinidos, delimitando as vontades de toda uma massa de jovens, que, por acesso a muito informação, não sabe escolher.<br />Se confunde. Muda de ideologias, segue fielmente a estilos pasteurizados, mesmo que sob a máscara de buscar sua própria identidade. E nisso se esconde a moda, dizendo ser ferramenta de expressão, quando, na verdade, nada expressa, a não ser que hoje, para ser alguém do meio, são necessárias etiquetas. De comportamento, absurdas, e mais absurdas ainda, pregadas nas costuras.<br />É tudo tão perecível que é mais vazio do que conseguimos nos sentir. E sempre tem um "novo preto", uma nova "it-bag", um novo "shape do ano", uma nova "new face da temporada", tudo meio em inglês, meio em português, como manda o dicionário fashion, roubado e influenciado pelos nossos vizinhos ricos. Olhar pra dentro, do próprio país, continente, de si, ninguém olha. Mas Milão! Nossa! Milão! E nesses movimentos de novidades in-tensas, impensáveis e constantes, a bandeira da sustentabilidade trêmula (sim, com acento mesmo) falsa em todos os eventos e marcas... mas pra quê, então, uma bolsa nova por estação, sendo que essa sua pode muito bem durar mais uns... dois anos?<br /><br />E é por tudo isso que somos tomados por aquela ânsia, vontade de fazer acontecer. Mas não nos permitimos perder tempo com isso, e esperamos um imediatismo que não existe, em nada, na vida. A não ser na informação, hoje, em tempo real.<br />Isso leva àquele sentimento de que para ser algo é preciso estar, constantemente, fazendo algo.<br />Errado.<br />O ócio é necessário, saudável.<br />É preciso entender e fortalecer o "self" antes de projetar o "eu".<br />É preciso, antes de mudar o mundo, aprender a conviver consigo mesmo.<br />Selecionar informação, escolher seus caminhos. Preencher os espaços.<br />Temos muito a aprender.<br /><br /><br />E, tudo indica, esse tempo de Vazio está só começando.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-75976837416362919872011-01-06T23:36:00.002-02:002011-01-06T23:40:17.202-02:00É verão, tudo se faz cor e quente, escorre por entre os dedos. Areia áspera, morna, remexida com os pés. Se falam coisas que antes não seriam ditas, se fazem fotos de momentos que poderiam nunca acabar, porém<br /><br />na memória continuam outros verões,<br />e é feliz perceber que se vive esse, tão macio quanto aquele mamão.<br /><br />E tem esse menino, que nunca ouvi. Só vi, através de seus olhos, nas fotos que ele fez, e que me faz pensar como pode alguém assim existir.<br />Tão longe, desconhecido, e parte de mim.<br /><br />Não, não é paixão.<br />É admiração.<br /><br />A paixão reservo para o que posso tocar, hoje. Felizmente, isso aprendi.<br />E no verão, a pele quente, é o toque que se faz presente.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-17265687069068077522010-12-27T00:29:00.003-02:002010-12-27T00:41:25.839-02:00Ando suscetível. Qualquer coisa me faz mudar de humor.<div>Tédio.</div><div><br /></div><div>Me lembrei então de uma idéia que tive, muito tempo atrás, de, para comemorar o seu aniversário, além do presente, é claro, escrever teu nome em várias partes do meu corpo, tal qual peça de açougue (isso não tinha me ocorrido na época, apaixonado). Demonstrar que eu podia ser teu, se você quisesse. Inteiro, ou em pedaços. Este maldito hábito de ver tudo em pedaços, tal qual a <a href="http://meodeos.blogspot.com/2009/09/new-romantic-way.html">teoria dos cacos.</a></div><div>No fim, tal aniversário chegou, mas estávamos em camas separadas. A idéia por si só se fez esquecer, tanta coisa eu pensava menos em me dar aos pedaços. E hoje, muitos meses depois, lembrei disso. </div><div>Queria entender porquê.</div><div><br /></div><div>Mas entendo, que, felizmente, isso não aconteceu. Absurdo pensar que esses pedaços pudessem ser de alguém que não eu. Dono de meu peito, braço, perna, mão. </div><div>Nunca eu soube se você mereceria ou não. Provou não merecer, pelo menos naquele momento. E tudo indica, não merecer, indefinidamente. Hoje sobrou uma estátua tua, gelada, na gaveta. Arrepios só de pensar em mover dali. Vontade de esquecê-la ali dentro, cada vez mais quase mais perto do coração selvagem. </div><div>Queria viver esse amor, mas não tenho estômago para os tempos de cólera.</div><div>E que venham, então, esses cem anos de solidão.</div><div><br /></div><div>Pelo menos, para passar por eles, tenho todas as minhas partes comigo.</div><div>Inclusive coração.</div><div><br /></div><div>Falta força pra enxergar que não é preciso esperar passar. Já passou. </div><div>Só eu não tinha percebido, ainda.</div><div>Até agora.</div><div><br /></div><div>(queria eu saber quem é o eu pra quem tantas palavras direciono)</div><div><br /></div>ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-44412633297223413152010-12-12T13:19:00.003-02:002010-12-25T17:27:33.296-02:00Na melancolia de um domingo quente, pergunto-me se, por acaso, estamos tentando ver as coisas mudarem. É o zeitgeist, essa sensação de ser incompleto, essa ansiedade por ser algo, inteiro, completo e preenchido.<div>Mas acredito, poucos sabem pelo quê.</div><div>E daí temos a tentativa de um mundo mais humano, mas feliz, até. Um mundo que gire mais lentamente, que possamos acompanhar e desenvolver. Um mundo onde importe mais o crescer, e menos o que se é. O que se é, sim, tão passageiro. Olhar para a frente e enxergar um ponto claro, e não a incerteza que reside nessa velocidade absurda em que tudo passa e, sim, inutiliza aqueles que tentam entender.</div><div><br /></div><div>O que falta, então?</div><div><br /></div><div>Sutileza?</div><div>Sutileza.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><a href="http://theo-gosselin.blogspot.com/">http://theo-gosselin.blogspot.com/</a></div>ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-75357730309264289942010-11-18T19:49:00.003-02:002010-11-18T19:52:45.806-02:00Esfregava os olhos com tanta força que parecia querer afundá-los. Mas não, só cansaço. Sabia tudo que o esperava, e isto tornava mais doloroso sair da cama.<br />Agravante, chovia.<br /><br />Sentia cada músculo do corpo retesado, faz frio. No verão, mas faz frio.<br /><br />Se sentiu vivo, então.<br />Gelado, cansado, em um dia chuvoso.<br />E vivo.<br /><br />Mais vivo.<br /><br />Pelo visto daqueles pedaços arrancados, há meses atrás, nenhuma cicatriz ficou.<br />Estão preenchidos.<br /><br />Mas, de quê?ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-11873483349416989552010-10-25T11:48:00.001-02:002010-10-25T11:50:17.249-02:00<div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-size:180%;" >Não me venha com "de tudo ao meu amor serei atento..."</span><br /></div>ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-17405821067223396172010-10-20T21:35:00.003-02:002010-10-20T21:38:33.672-02:00E do cinza se fez sol, sorriso inevitável. Da dor saiu um traço, e denovo se fez novo. Como roupa recém tirada do varal, com cheiro de sol.<br />Dentre tantos sentimentos novos, daqueles que não se pode descrever, sobram apenas os derivados daquilo que já se viu e viveu.<br />Mas o que de novo há, então, nesse sentir?<br /><br />Se ser um começa a bastar?<br />Se pensar começa a ser tudo?<br />Se sentir já é substantivo abstrato e não verbo?ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-76308421739147300302010-10-18T11:01:00.002-02:002010-10-18T11:05:12.621-02:00Tinha um quê de escuridão, este dia. Algo como uma película umida e enevoada que tudo cobria. Era dificil ver através. Era um dia cheio de mistérios, como a criança que brinca de pirata e tenta convencer não saber onde escondeu seu próprio tesouro.<br /><br />Era um dia quase frio. Era um dia imerso nos perigos de saber de sua existência. E, quando deixou de sabê-lo, este dia acabou.<br /><br />Misteriosamente.<br />E nesse acabar tudo levou. Levou a névoa, o tesouro da criança, a invisibilidade do sentimento.<br />Levou a si próprio.<br /><br />E recomeçou, mas então, já era outro.<br /><br />Outro dia.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-9911167151628191152010-10-03T22:54:00.000-03:002010-10-03T22:55:16.248-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM-r-Otdx-9s18ShfMy1_Q6azU1nrG_YnC48rHg3rUKlJrrhdOHuX0W3LpEwFMdld5omzB-iLmLPe_nQ1jbkuo2xZU5v4hZ0TI8A1Z0dlVZDTO41rd3rpJHTFt_mVbaPC_C1wkBw/s1600/2008_my_blueberry_nights_005%5B1%5D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM-r-Otdx-9s18ShfMy1_Q6azU1nrG_YnC48rHg3rUKlJrrhdOHuX0W3LpEwFMdld5omzB-iLmLPe_nQ1jbkuo2xZU5v4hZ0TI8A1Z0dlVZDTO41rd3rpJHTFt_mVbaPC_C1wkBw/s320/2008_my_blueberry_nights_005%5B1%5D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524003543516429138" /></a><br /><br /><br />Katya: Sometimes, even if you have the keys those doors still can't be opened. Can they?<br /><br />Jeremy: Even if the door is open, the person you're looking for may not be there, Katya.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-29836472283472764822010-09-30T21:21:00.002-03:002010-09-30T21:24:38.798-03:00o retorno ao corriqueiroEis que surge mais magro do que me lembrava.<br />Emagreceu ou a memória falhava? Emagreceu. As calças quase caíam pelos joelhos. O cinto agora deixou de ser acessório. Era necessário.<br />Nem me perguntei o porquê. Sei, na verdade, quais os motivos.<br />Todos passamos por isso nessa idade. Tanta coisa, tanta coisa. <br />O pior desse fato é que esse foi o único detalhe que guardei. Não lembro do cabelo, que costumava gostar tanto.<br />Nem da roupa. Nem da boca. Nem do antebraço. <br />O que isso quer dizer?<br /><br />Estou tentando descobrir.<br /><br />Faz tempo, muito tempo, que descobri que sou assim: vivo no passado, esperando o presente e sem esquecer do futuro.<br /><br />Faz tempo, muito tempo, que tento deixar de ser assim.<br />Mas, até então, tem sido habitável esse mundo de tempos cruzados.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-12224539166884492132010-09-30T21:07:00.000-03:002010-09-30T21:10:30.030-03:00Chegando aos vinte e quatro: me sinto calçando as botas de um adulto, que estão levemente maiores que meus pés.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-20260533960242493962010-09-26T04:33:00.003-03:002010-09-26T04:34:51.314-03:00Eu pensei em falar.<br />Seria estranho verbalizar?<br />Os olhos já diziam tudo.<br /><br />Seria.<br />Calei,<br />nada aconteceu,<br />e agora estou aqui,<br />olhando para a tela,<br />imaginando o que poderia ser.<br /><br />E, pior,<br />eu sei...<br />Não seria.<br /><br />Geração Y, eu faço parte de ti.<br />Mas, queria, profundamente, que você não fizesse parte de mim.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-41988078818664878342010-09-16T22:47:00.002-03:002010-09-16T22:49:37.746-03:00Encontrei o olhar de maneira que não esperava, e da mesma maneira retribuí. E nessa falta de palavras o ar ficou denso, irrespirável.<br />Precisei sair daquele lugar.<br /><br />Nunca tinha passado por isso.<br />Foi bom. Novo, fresco.<br />Tenso.<br /><br />No final das contas, a adolescência sempre existe no que se trata de olhares.<br />Curiosidade?ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-57520157743451183912010-08-29T02:49:00.001-03:002010-08-29T02:50:05.353-03:00A falta de motivo para chorar me faz pensar em quanto faz falta me concentar em mim.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-16294634913328811522010-08-24T23:54:00.002-03:002010-08-24T23:56:38.050-03:00Eis que na circustancia do momento as palavras retornam. E no cansaço dos dias consecutivos sem entender a vida que se passa fora das paredes que me cercam muito acontece. E me sinto para trás, atrasado na minha própria vida e juntando forças pra colocar tudo em seu lugar.<br />Farei vinte e quatro anos de uma maneira completamente diferente do que esperei.<br /><br />Morar sozinho, estudar sozinho e trabalhar sozinho.<br />Encontrei a solidão completa, cercado de pessoas com quem me importo.<br /><br />Acho que encontrei (e encontrarei) vários de mim neste processo.<br /><br />Isso me satisfaz, por enquanto.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-70833750852016284912010-07-15T22:09:00.002-03:002010-07-15T22:23:08.159-03:00Ele aparece. Impávido, e me lembro tanto de mim quando o vejo. Da imagem que tenho de mim mesmo, transmitida pelos outros. Deve ser esse ar de leve arrogância, quase que como se nada importasse, nem mesmo a vida. E nessas semelhanças acredito que podemos ser um. Partes separadas, por engano. Por erro. <br />E na sequencia de coincidencias, da fala e do gesto, nessa meia luz gelada, tudo parece aquecer-se no pensamento insólito de que, se assim for, estamos premeditados a permanecer juntos.<br />E nesse interim, fração de segundo, uma vida acontece. Perante meus olhos, perante meus sonhos, somos dois, mas um, juntos. Vivendo sorrisos, lembrando de quando dormimos em duas camas, juntas, para que tivessemos mais espaço para encontrarmos um ao outro. Lembrando da luz que entrava pelas frestas no domingo a tarde, quando teimavamos em ficar na cama. Sem comer, só dormir.<br />Mas, antes dos olhos abrirem novamente, tudo volta. Rápido, como um soco no estomago, tudo se revolta e se esvai.<br />E os olhos já abertos percebem a parede descascada, o chão de madeira, o teto baixo. Já é possível sentir o cheiro de casa nova, mas não recém construída.<br />E ele continha onde estava, parado, alto, mais alto do que eu, fumando seu cigarro sem compromisso com ninguém a não ser ele mesmo. E, nesse vislumbre, percebi que o erro foi esse. Acreditar que ele podia ser dois.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-56969926553699295542010-07-13T21:39:00.002-03:002010-07-13T21:47:21.086-03:00Perdendo o controle sobre o sentir. Sentir-se bem e mal, tão tênue. É como esvaziar-se. Esquecer.<br />E, se, por acidente, vejo as fotos me lembro de quanto tempo faz sem ter o sol assim, aquecendo não só a mim.<br />E o silêncio se desfez, caíram as notas e ecoaram por todas as paredes. Perfuraram tímpanos, e quem dera, quem dera, fosse minha voz. <br />Som oco, de batida consecutiva, compassada, que se perde no ritmo e encontra o caos.<br /><br />E o silêncio cai. E tudo é tão quieto, assusta.<br /><br />É tão íntimo estar sozinho em silêncio, não gosto de encontrar a mim mesmo, assim, inesperadamente.<br />Não sei agir. Não sei retribuir afeto. Não sei retribuir amor próprio. E tudo acaba na calmaria do sentimento afogado.<br /><br />Eu li, eu sei, eu lembrei.<br />Nunca esqueci. Nunca soube como ignorar. Nada, até então.<br />Ter consciência.<br />Ter paciência.<br />Ter força.<br /><br />Não escorrer, não derramar, não deixar passar, não ver e não escutar.<br />Não sentir, não bater, não pulsar, não viver.<br />Não é a saída. Não é o caminho, não é o que devia ser.<br /><br />Não é o que eu esperava.<br /><br />Me disseram, uma vez: "a fórmula da felicidade é: expectativa - realidade".<br /><br />Não para mim.<br />"Expectativa = realidade", sim. Mais adequado. Mais satisfatório.<br />Mais um.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-84136335437929760742010-07-05T13:28:00.000-03:002010-07-05T13:29:29.910-03:00Onde antes só havia caos, hoje retomada a ordem.<br />Tudo faz tanto sentido.<br /><br />E é quase tedioso.<br /><br />Saudade de quando você existia,<br />porém,<br />não sinto falta da ausência de ti.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-16022372654120927122010-06-22T23:05:00.002-03:002010-06-22T23:06:17.568-03:00Na estética e nos números me afogo, e as palavras são engolidas.<br /><br />Há de passar.<br />Amo o que faço, mais do que nunca,<br />mas,<br />sempre mas...<br /><br />preciso dividir.ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24670780.post-76796053131756598072010-06-14T23:55:00.002-03:002010-06-14T23:56:22.428-03:00Pra mim gostar é um ato simples, de onde se derivam a entrega e a incerteza.<br />Mas sempre achei que é melhor saber depois de ter gostado e entregado.<br />Teria como saber antes? Seria melhor viver o futuro antes do presente?<br />Seria melhor temer?<br /><br />Será esse o grande erro?ricardohttp://www.blogger.com/profile/16972762332420752969noreply@blogger.com0