segunda-feira, abril 10, 2006

Panis et Circensis

Ele apenas não pensa em escrever hoje.
Quer se reservar ao direito de calar.
E por isso canta, o que ouve há dias, sem parar, e tem feito tão bem.

"Eu quis cantar uma canção iluminada de sol Soltei os panos sobre os mastros no ar Soltei os tigres e os leões nos quintais Mas as pessoas na sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal Para matar o meu amor e matei Às cinco horas na avenida central Mas as pessoas da sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer Mandei plantar folhas de sonhos no jardim do solar As folhas sabem procurar pelo sol E as raízes procurar, procurar Mas as pessoas da sala de jantar Essas pessoas da sala de jantar Mas as pessoas da sala de jantar..."

Assim mesmo, sem compasso.
Assim mesmo, sem música.
Assim mesmo, sem companhia.
Assim mesmo, esperando.

Assim mesmo.
Assim assado.
Sendo assim, dá por terminado esse post.

E mal pode esperar pelo dia que vem.

Um comentário:

Diego Remus disse...

vivo o que ouço:

"feel alright
as long as something´s happening"

I do survive

strive? hmm, surely not starve