quinta-feira, novembro 18, 2010

Esfregava os olhos com tanta força que parecia querer afundá-los. Mas não, só cansaço. Sabia tudo que o esperava, e isto tornava mais doloroso sair da cama.
Agravante, chovia.

Sentia cada músculo do corpo retesado, faz frio. No verão, mas faz frio.

Se sentiu vivo, então.
Gelado, cansado, em um dia chuvoso.
E vivo.

Mais vivo.

Pelo visto daqueles pedaços arrancados, há meses atrás, nenhuma cicatriz ficou.
Estão preenchidos.

Mas, de quê?