sexta-feira, junho 15, 2007

"Viver ultrapassa todo o entendimento"


Grande Clarice.

sábado, junho 09, 2007

The Ghost of Corporate Future, by Regina Spektor

"A man walks out of his apartment
It is raining
He's got no umbrella
He starts running beneath the awnings trying to save his suit
Tryin to dryin to tryin to dry but no good

When he gets to the crowded subway platform he takes off both of his shoes
He steps right into somebody's fat loogie
And everyone who sees him says "ewwww"
Everyone who sees him says "ewwww"

But he doesn't care cause last night he got a visit from the Ghost of Corporate Future
The Ghost said take off both your shoes whatever chances you get
Especially when they're wet
He also said

Imagine you go away on a business trip one day
And when you come back home
Your children have grown
And you never made your wife moan

And people make you nervous
You'd think the world was ending
And everybody's features
Have somehow started blending
And everything is plastic
And everyone's sarcastic
And all your food is frozen
It needs to be defrosted
You'd think the world was ending
You'd think the world was ending
You'd think the world was ending right now

Well maybe you should just drink a lot less coffee
And never ever watch the 10 o'clock news
Maybe you should kiss someone nice or lick a rock or both
Maybe you should cut your own hair cause that can be so funny
It doesn't cost any money and it always grows back
Hair grows even after you're dead

People are just people
They shouldn't make you nervous
The world is everlasting
It's coming and it's going
If you don't toss your plastic
The streets won't be so plastic
And if you kiss somebody
Then both of you'll get practice

The world is everlasting
Put dirtballs in your pockets
Put dirtball's in your pockets
And take off both your shoes
Cause people are just people
People are just people
People are just people like you

People are just people
People are just people
People are just people like you

The world is everlasting
It's coming and it's going
The world is everlasting
It's coming and it's going
It's coming and it's going"




[fala por mim, hoje]

segunda-feira, junho 04, 2007

Eu tenho medo de mim.

clima

Sensação de leve embrulho no estomago impede de deixar a cadeira. Algo do tipo montanha-russa depois do cachorro quente. Em qualquer momento nestes dias de inverno podemos, enquanto desavisados andamos pelas ruas, sentir. É como se o vento gelado, ao inves de cortar, inflasse demais. É como se o sol, ao inves de aquecer levemente, causasse náuseas.
Nada disso tem como causa o tempo. Digo, o clima. E os motivos podem variar.
Dificil diagnosticar o que se sente quando se está sentindo. De fora, talvez, um médico, perito, doutor possa enxergar. Eu simplesmente não consigo olhar pra dentro.
Frio. Nos dedos. Nariz e orelhas gelados. Gosto dessa sensação de encostar a orelha no pulso e sentir o quão gelada ela está. É a negação do auto-calor-humano.

(Esquivo e esquizo, fluindo por entre paragrafos sem nada dizer, expressa o enjoo que sente depois de pensar no que está por vir.)


Solidão não é mais desculpa, desculpe-me. Me auto-perdoo por afirmar. No ponto em que estou, vejo de cima que não sei o que espero. Esse não saber consciente confunde e adocica. Faz tudo ser mais fácil. Posso simplesmente dizer: eu já sabia! e sair triunfante! (hahahaahahahahaha)
Talvez um dia ajude. Hoje me faz sentir tolo. Escrever tornou-se luxo, trabalho até demais. Neste ritmo me esqueço de mim de tal forma em que ter é mais que ser. Mas, confundir estas palavras é tão simples: ter alguém não seria um ter por si só? Ter e ser, sentir e acreditar. Tudo tão relativo quando se fala de estar. E é assim que é. Ninguém sabe se ter ou ser, ver ou olhar, sentir e acreditar são palavras distantes. Pois ninguém sabe das palavras nem a metade. Eu as uso irresponsavelmente para afirmar, e quando percebo, o registro já está feito.

Estrelas sempre estiveram lá. Sempre foram. Elas começam a partir do momento em que abrimos os olhos, "a hora da estrela". Essa existencia mesmo ausente incomoda. Já disse isso tantas vezes. Passado presente. Futuro passado. E tudo é uma questão de tempo. Não clima.

Depois de algumas palavras, de ter botado as borboletas pra fora em um soluço, consegue se levantar. Hora de escovar os dentes e dormir.

(com os dedos, nariz e orelhas ainda geladas)