terça-feira, maio 30, 2006

us

"They made a statue of us,
And put it on a mountain top.
Now tourists come and stare at us,
Blow bubbles with their gum,
Take photographs have fun,
Have fun.

They'll name a city after us,
And later say it's all our fault.
Then they'll give us a talkin' to,
Then they'll give us a talkin' to,
'cuz they've got years of experience.

We're living in a den of theives,
Rummaging for answers in the pages.
We're living in a den of theives,
And it's contagious, and it's contagious,
And it's contagious, and it's contagious.

We wear our scarves just like a knoose,
But not 'cuz we want eternal sleep.
And though our parts are slightly used,
New ones are slave labor you can keep"


(Regina Spektor)

segunda-feira, maio 29, 2006

domingo, maio 28, 2006

como pode um corte de cabelo infeliz deixar uma pessoa tão irritada?


pois é. estragaram meu cabelo ontem. tô puto.
quanto tempo vai levar pra voltar ao normal?

que droga é não ter paciência.

sexta-feira, maio 26, 2006

entrenós

você nem existe e as vezes penso em você.
sim, como se eu imaginasse cada momento que passaríamos juntos.
e se cada momento existisse, o quão bom seria.
e enquanto você contempla esse quase oceano a sua frente, e seus cabelos se mexem sozinhos, me sinto sozinho.
e tenho o oceano de verdade pra mim.

o que importa, então?
um quase oceano ou um oceano de verdade?
a existência tua ou a minha solidão?

o que importa é que sei que conforme as ondas batem nas pedras, meu coração segue o ritmo.
independentemente de quantas ondas eu perceba, e de quantas existam, e de quantas... ah, quantas, e inúmeras são essas ondas... que levam e trazem delírios de sra. woolf no banco do onibus e batidas de carros e de corações.
quantas pessoas no mundo hoje, sozinhas, olharam o mar?





em total desequílibrio, buscando paz ou simplesmente esperando o tempo passar, acompanhando a erosão e sentindo fazer parte do mundo pelo simples fato saber que existe um mar, observando.
e assim os minutos passam, seguros e decididos, para mim e para ti.
de formas diferentes, pois você não existe. e nenhuma trajetória pré-estabelecida de onibus impede que eu vá para longe.

perto de ti, longe de mim e vice-versa, sempre haverá um oceano.
entre nós.
entrenós.

quinta-feira, maio 25, 2006

ovo

ele assistiu a mtv. viu uma garota fritando ovos.
e queria muito comer ovos, então.
a preguiça e o frio não deixavam suas pernas ultrapassarem a porta.
quem dera o resto do corpo.
decidiu, finalmente, ir até o mercado comprar ovos.
pegou a chave, os trocados, e colocou um casaco.
não pensa em nada no caminho.
chega ao mercado e vê uma baguete de tomate seco.
desiste dos ovos.
volúvel, hun?

diariamente, se pergunta comendo a baguete, será que sou assim?

terça-feira, maio 23, 2006

coisas

tem coisas que não são ditas pra seis bilhões de pessoas.
e coisas que não dizemos nem pra nós mesmos.
e no meio de todo esse programado e esperado recomeço, ele recomeça a escrita.
em terceira pessoa.
ele nem sabe mais do que gosta ou desgosta, e de quem esperar colo.
ele nem sabe.
nem quer saber. está arranhando paredes e mordendo quina de mesa.
está gastando os dentes na estante e as unhas no assoalho que não se risca.
gastando tinta em azulejos e dedos no teclado. sem som, e sem notas.
não quer esperar cabelos crescer, não quer cortar as unhas.
não quer ter mais paciência e não quer mais se preocupar.

quer dormir, acordar, e ter tudo ensolarado.
e frio.
inverno é assim. um sol fraco, que eriça os pelos, mas aquece.
e faz sentir o coração morno.

mesmo quando vazio.

quinta-feira, maio 18, 2006

meio

No banho agora me senti meio folha-de-outono: quase uma não-folha de um quase não-verde-meio-amarelado,

no galho de uma não-árvore, meio que perdida no meio de tantas outras.
numa cidade meio-grande, com meio milhão de gente.

É como se não existisse...

E o que é o existir se não ser percebido?

Quase que me sinto deitado na grama como uma folha,
podendo estar sob os teus pés,
esperando que o vento me empurre.

Ah! Pára! Devaneio tolo de central park no outono em NY!

gling-gló

ouvindo uma jazzy-bjork, parece que o dia encurta-se um pouco.
os dias tem sido tão longos e tão cheios, e as noites não parecem suficientes para o descanso.
(calma, você é tão jovem...)
parece-me que as festas tem sido mais sem graça, e as pessoas estão sempre lá.
e eu não.
e a calma, essa eu perdi.
faz tempo.
comigo, e com tudo.

e o céu cheio de cor.
e os olhos pálidos.
e o verde cada vez mais amarelo,
assim como a pele.

e assim é o inverno.
corpo e coração frio.
eu gosto.

mas preciso de um pouquinho de calor hoje.

quarta-feira, maio 17, 2006

Por que a felicidade não combina com a minha escrita?
Nesses momentos de felicidade simples não consigo escrever nada que me agrade. O dia todo escrevi e apaguei textos aqui.
Mudanças demais, acontencedo muito rápido, uma volta completa e estou no mesmo ponto, mas com uma visão diferente.
Aceitei os riscos, mergulhei de cabeça.
E nisso tudo, somente o coração permanece intacto e na mesma situação. E pra ser verdade, nem importa. Falta tempo pra ele.
E nisso tudo, no meio de palavras, argumentos, perspectivas, vejo que tudo vai ser melhor.

E logo.

E me acalmo, me sinto melhor.

ouvindo "el perro del mar"

sábado, maio 13, 2006

quinta-feira, maio 11, 2006

voltei pro luckie. os marlboros acabaram.

escuto chuva, aqui dentro e lá fora.
tirei o tenis molhado, o jeans molhado, e fiquei com o suéter.
parei pra pensar em como tenho me apaixonado cada vez mais pela música, pela arte.
pelas palavras e letras e pontos.
isso me deixa tão sem rumo.
e já estou suficientemente perdido.
algumas coisas que eu queria que ficassem se foram.
mas não a enxaqueca.
o cigarro.
o piano.
a voz.

as vezes tudo que escrevo parece tão melancólico e contradiz o que sou.
ou pareço ser. mas meus momentos plenos tem sido tão contados, tão reduzidos, que começo a entender a beleza do que é a little blue. e fico feliz.
(contradição novamente.
estou contradito, contraditório. em conflito.
e em primeira pessoa.)

tateando a parede no escuro até o banheiro, colorido de tinta, vejo o quanto posso ver mesmo quando falta a luz.
ou será que é o quanto quero ver. posso, quero?
"errado é aquilo que sonhamos". certo é o que fazemos?
quero errar mais. ainda mais.

tem coisas que não posso explicar.
por exemplo, o que sinto agora.
terminou o cigarro, e o texto.

agora ao invés de fumaça, meu mundo é de água.

feliz de quem ler o que aqui está escrito.
sinceramente, não sei por quanto tempo ficará por aqui.


ao som de "moedas de açúcar".

quarta-feira, maio 10, 2006

manoo.


Amo, amo, amo, manoo.
te quiero. pra sempre.
forever.
te sei.
e tu me entende.
e o banheiro tá de prova.
e todo mundo que passar por lá. tá?

tentativas de escrita:

1) aqui, neste blog;
2) nas paredes do banheiro com caneta marcador permanente (embalado por maria da cruz e uma vontade imensa de gritar e não poder por já passar das 22h);
3) no jornal e na parede da sala;
4) no email que nunca, mas nunca meeeeeeismo, vou mandar.

terça-feira, maio 09, 2006


Tão bom quando um corpo encontra o outro, assim, descompromissado.
E quando faz as suas promessas, assim, sem querer.
E assim, no outro dia, sente falta dos pedaços que deixou,
e conforta-se com aqueles que foram esquecidos no lugar.
Tão bom quando as frases se completam nos olhares,
e quando se brinca que completar pensamentos.
E acertos existem.
Tão bom quando se sente o cheiro certo no corpo certo
e o gosto certo na boca certa
e o toque certo no lugar certo e na hora certa
e o sentimento certo pela pessoa certa.

(Existe certo e errado?)

Aquela camisa que adoro, que nunca usei pra ninguém, a não ser pra mim, e que tu tira rápido demais pra que eu perceba.
Aquele sorriso que você desmonta somente olhando, ou aquele bocejo que você espanta rindo.
Aquele sexo tão bom, mas que não é tudo.

Aquilo tudo denovo, e pela última vez.
Não, não estou morrendo.
Você é que está. Pelo menos, neste aspecto.

hahahahahaha.
(Esse é meu primeiro homicídio)










"I'll always be by your side Even when you're down and out I'll always be by your side Even when you're down and out I just wanted to be your housewife All i wanted was to be your housewife I'll iron your clothes I'll shine your shoes I'll make your bed And cook your food I'll never cheat I'll be the best girl you'll ever meet And for a diamond ring I'll do these kinds of things I'll scrub your floor Never be a bore I'll tuck you in I do not snore I'd wear your black eyes Bake you apple pies I don't ask why And i trys not to crys I'll always be by your side Even when you're down and out I'll always be by your side Even when you're down and out And its nearly midnight And all i want with my life Is to be a housewife Is to be a housewife 'Cause it's nearly midnight And all i want with my life Is to die a housewife Is to die a housewife"

"o garoto mais triste de todos que já segurou um martini"

Deixaste pedaços de ti por todas as partes. Palavras, cheiros e gestos impregnaram todos os comodos. Essa casa não serve mais para mim. E isso me entristece ainda mais.
Acertou em cheio quando me olhou. Desmanchou minhas palavras. Contigo, tenho apenas dois estados: falante, empolgado, ou silencioso, pensativo e carinhoso. Faz-me falar muito, expressar toda a felicidade contida no olhar, ou simplesmente calar, pensar e admirar. Admirar é querer o que não se pode ter.
Concordo, agora.
Tuas palavras ecoam perdidas, tiram-me o sono. Um cigarro, dois, vinte. Café para acordar, pílulas para dormir. E nada tira você de dentro de mim. A vontade de te olhar, de te ligar. A vontade de sentir um braço sobre meu corpo quando deitado, tua respiração mexendo o meu cabelo.
Você não some. Se faz sempre presente, mesmo na ausência. Tenho tuas referências por toda a parte, em todos os móveis, lugares, trajes. Fiz de algumas palavras tuas minhas, e de algumas coisas minhas tuas. E assim criei, junto contigo, uma convivência firme.
Precisamos um do outro. E de formas diferentes. E isso machuca, só a mim.
De qualquer forma, me faz bem. Não, não é masoquismo. É acreditar que logo passa, que tudo ficará bem, e que um dia vou entender tudo que se passou.
E saber que agi certo, que somos realmente bons amigos. Porque somos.

Quem dera eu pudesse simplesmente deixar todo o romantismo intrinseco de lado.
Quisera eu agir diferente.

Já assumi minha parcela de culpa. Agora só falta digerir.
E enquanto isso, apreciar o mundo que passa em camera lenta bem na frente dos olhos.


(O coração dos Leões)

segunda-feira, maio 08, 2006

As vezes tudo que eu queria era te dizer que te quero só pra mim, agora.


(pronto. eu disse. mas você não vai ler. e nunca saberá se realmente foi para você)

domingo, maio 07, 2006


não sei nem de mim
nem de nós
muito menos de todo mundo.

neste momento que preciso mais do que nunca que me digam o que fazer tenho encontrado respostas somente dentro de mim.
se me ama, por que não se concentra?

cheirando os corpos errados,
encarando a coragem como um dom
e querendo beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor.

e as camisas se despem antes das mãos,
e novamente tudo muda de aspecto
e legal seria se você olhasse no ex-pelho e não conseguisse ver.

aiaiai menino, que humor é esse
de quem não precisa de platéia?
all is full of love.

e ninguém disse que seria fácil, eu sei.
mas posso me permitir ir além do que acho que posso fazer.

e vocês sabem que são pra toda a minha vida
absorva-me
estar cheio de si é estar cheio de nada.

(frases da noite de ontem, pobremente compiladas em forma de poesia)

sexta-feira, maio 05, 2006

Ai ai ai menino, que humor é este?
Quanta coisa você pode estar perdendo, ou ganhando. De qualquer forma, foi uma das ainda primeiras vezes.
E virão muitas mais.
Tomando um café ou outro, fumando um ou outro cigarro, e pensando sempre nas mesmas coisas.
Quais são as preocupações repetidas? Sabe bem.
Tanta gente ao redor, e as folhas ainda caem.
Sente-se como uma delas.
Verde, viva. Amarelando lentamente.
Mas ao invés de cair, suicidar-se (como diz Neruda, perguntando os porquês), verdeja novamente.
Dia após dia, semana após semana.
Paixão após paixão.
E desilusão.
Mas sempre sabe que vai tirar mais uma camisa, lançá-la a abraçar. Sempre sabe que vai tirar o allstar e a meia para dormir, vez ou outra.
Raro seria se continuadade tivesse. Ter apenas dezenove anos as vezes consola tanto.
Mas logo vem os vinte, e um, e dois.
E será que as coisas realmente mudam? Mudam as pessoas? Mudam?
Pra quê tanta mudança? E se tudo fosse mais simples? Se?

Apenas sou grato pelo vento que me faz sentir a pele, e o ar que respiro e expiro vaporoso em dias de frio.
De resto, contribuo.

E meus passos ainda são firmes e marcados, e ainda sei desmisturar as coisas, e ainda sei passar por cima de mim.
Quem sabe um dia, apenas precise de desvios.

quinta-feira, maio 04, 2006

parágrafo.

um só parágrafo.
somente um, e nele resumir tudo que estou pensando.
um poder de síntese inigualável, deveria ter.
mas não será tão dificil, será?
confusão. melancolia e felicidade súbitas. vontade de viver muito e de morrer logo.

e agora? o que sinto realmente?

quarta-feira, maio 03, 2006

Parangaricotirimírruaro

um céu cinza
o asfalto preto
a grama verde
e os pés param
olhos verdes e fixos
um ponto único
horizontal e absoluto
verdadeiro
um quarto na rua
uma rua na cidade
uma cidade que coube nos olhos
e um universo...
universo contido no pensamento.
pensamento incontido.
quem sou eu?
sou alguém que escreveria um conto se pudesse.

uma frase, um poema e uma música.

"Os verbos chineses não tem tempo. Eu também não."
(Hilda Hilst)
Dezessete palavras:
Eu não quero alguém que diga que me
ame.
Eu quero alguém que nem precise
dizer.
Patrão Nosso de Cada Dia
(Secos&Molhados)
Eu quero o amor
Da flor de cactus
Ela não quis
Eu dei-lhe a flor
De minha vida
Vivo agitado
Eu já não sei se sei
De tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim
De nós
De todo o mundo
(...)
Eu solto o ar
No fim do dia
Perdi a vida
Eu já não sei se sei
De nada ou quase nada
Eu só sei de mim
Só sei de mim
Só sei de mim
(...)
mim
mim
mim
?

terça-feira, maio 02, 2006



...e chega de sagas românticas!



(agora a única história de amor é minha comigo mesmo)

segunda-feira, maio 01, 2006

camafeu

carregaria no pescoço se pudesse
esse teu rosto desenhado
de camafeu.

prenderia grampos no teu cabelo,
passaria pó no teu rosto
mas você não precisa.

tentaria entender e imaginar
tudo que sente e pensa
mas não preciso.

beleza complexa essa
que combina traços finos
e personalidade densa.

menina de camafeu,
és mais que amiga
és jóia.

(de valor inestimável)

para Débora.

mais leve que luz

momento de leveza e toda essa
transparência
me faz pensar no porquê
de tantas antes
nuvens

é só abrir os olhos pra enxergar
e os ouvidos pra
escutar o som descompassado
do
sentimento
pensamento
fluído
leve

e não importa que dia da semana é
que dia do mês do ano
e que horas são
existo independentemente do calendário
e da
presença

seja eu por um instante
e entenderás.

ou não.
apenas pensará que entende
e assim
confundirá tua vida
com a
minha




e assim, saberá que ser não é tão fácil
e que muitas vezes não basta