quarta-feira, setembro 30, 2009

e agora?

terça-feira, setembro 22, 2009


Dia cheio, daqueles onde você esquece da própria vida e vira pensamento vazio. Daqueles onde você não tem tempo de pensar no que era, foi, será, enfim. Daqueles dias que de tão vazios preenchem... acalmam.
Estou transitando entre vários estados. É óbvio que não havia um tijolo, pedra, grão que não me lembrasse de ti. E músicas. E lugares.
Mas era tão sereno.
E ao mesmo tempo, só me esquecia de tudo a cada instante. Tanta coisa nova, tanta coisa. Racionalização, sabe? Pedaços, pedaços, pedaços. Quase gritei que os queria de volta, mas agora... agora não. Agora já estão outros em seu lugar. Sinto tão bem, tão bom.
Com os pés na grama, encostado nele, não havia você. Só eu. Ele, de leve. Mas fez bem. Ao sol.

Hoje percebi que as encostas do morro da lagoa estão todas floridas. Flores simples. Mas as primeiras.
Palavras simples, mas as primeiras.
Numa linguagem que não dói.
De uma maneira que satisfaz.

De tão perto pra tão longe, de tão longe para não sei onde. E é assim. Tão humano, até infantil. Tão comum.
E de tão dentro pra tão alto. E assim, tudo se desfez.

Primavera.
Tudo voltando a viver.
Inclusive...

Onde parei? Ah, deixa pra lá. Saber de mim já basta. Sou uma bagunça, sabia?

O que realmente importa é que os ipês estão florindo.







sábado, setembro 19, 2009

segunda-feira, setembro 14, 2009

Acorda, atrasado. Sem despertador. O corpo já sabe.
Banho quente, como sempre. Até a pele arder.
Toalha seca, ainda bem. Odeia quando está umida.
E nesse momento o primeiro pensamento.






Substituído pela voz de Scarlett.
Segunda-feira assim. De pensamento solto, música e um sentimento de vazio.
Esvaziamento de ser eu.

Até que é bom.
Só que cansa.

Eu entendo.

quinta-feira, setembro 10, 2009

eu nem consigo ser um idiota completo...


algumas partes de mim você levou consigo.







quarta-feira, setembro 09, 2009

Todo mundo comete erros, todo mundo acredita. Todos nós. Sempre acreditamos no que queremos acreditar.
Até que algo nos faça ver.
Estou cansando de abrir meus pensamentos aqui. Sabe porquê? Vulnerabilidade.

Ninguém gosta da verdade.

E não vá tão rápido. Eu sei.

terça-feira, setembro 08, 2009

"Losing the star without a sky
Losing the reasons why
You're losing the calling that you've been faking
And i'm not kidding

It's damned if you don't and it's damned if you do
Be true 'cause they'll lock you up in a sad sad zoo
Oh hidy hidy hidy what cha tryin to prove
By hidy hidy hiding you're not worth a thing

Sew your fortunes on a string
And hold them up to light
Blue smoke will take
A very violent flight
And you will be changed
Sand everything
And you will be in a very sad sad zoo.

I once was lost but now i'm found was blind
But now I see you
How selfish of you to believe in the meaning of all the bad dreaming

Metal heart you're not hiding
Metal heart you're not worth a thing

Metal heart you're not hiding
Metal heart you're not worth a thing"


Redescobrindo Cat Power, chuva e cigarros. Tipical Monday.


Ops, hoje é terça.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Pressão no peito na hora de acordar e não sei o que sonhei. Queria saber, ou não.
As vezes parece que tudo que sei cai de algum lugar, de alguma maneira que não seria necessário. Prefiro não saber, as vezes. Ou saber de tudo de uma vez.

Queria falar menos e mais. As vezes parece que penso rápido demais. Queria falar, falar falar falar até esvaziar. Até tudo sumir. Até ver as palavras retumbarem pelas paredes, até ver minha voz faltar. Queria, por um instante, não pensar.

Sei que no meio de toda esta confusão percebo que não estou sozinho. E essa é uma das coisas que eu gosto de saber.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Nos meus sonhos tudo recomeça.


(bêbado, vinho e vodka. amanhã pode ser que não.)

"Jeremy: Sometime it’s better off not knowing. It’s like these pies and cakes. At the end of the night, the cheesecake and apple pie are always completely gone. The peach cobbler and the chocolate mousse cake are nearly finished. But there’s always a whole blueberry pie left untouched.

Elizabeth: So what’s wrong with the blueberry pie?

Jeremy: There’s nothing wrong with the blueberry pie. It’s just people make other choices. You can’t blame the blueberry pie, it’s just no one wants it.

Elizabeth: I want a piece."


quarta-feira, setembro 02, 2009

New romantic way

Estava em casa ontem com Carol e Luciano discutindo nossos mapas astrais, horóscopos e afins. No meio da discussão, levantada a questão: por que escolhemos nos iludir tanto quando estamos com alguém? Entre descrença e projeção, o que me veio a cabeça foi que eu gosto disto. Que eu não quero que isto mude. O que são três dias ruins quando se passaram dois meses bons? É questão de escolha, sim. Cair de cabeça, deixar fluir. Não ter medo de expressar. Não ter medo de ser. Assusta, talvez. Talvez essa abertura ao falar (como aqui no blog) não seja saudável, mas, quem pode dizer?

Idealizar é o que torna tudo díficil, mas também é o que faz o coração pulsar. Faz o sorriso se prolongar. E também gera decepção, desapontamento... que são parte do processo. E ponto. Assumir os riscos e consequencias. Ponto.

É estranho ser um romântico nesses dias. É estranho querer isso. Não falo de amor, não concordo que seja construído ou inatingível, nem doloroso. Falo de plenitude. Daquela sensação do abraço, logo após a campainha. Da sensação de que alguém no mundo, neste momento, está ali pra você.

E por si.


Quebrei a cara tantas vezes pelos mais diferentes motivos. Colados os cacos, tudo novo. E aí entra minha teoria dos cacos. Quando qualquer coisa chega ao fim, ambas as partes deixam cacos seus pelo chão na colisão. Na reconstrução, misturam-se pedaços de ambos os corpos que colidiram. É como se confundissemos partes nossas com as do outro, e por engano (embora eu creia que nunca é engano) ou não, montamos o quebra-cabeças de peças misturadas. E assim prova-se a impossibilidade de sair ileso: sempre se leva um pouco do outro, referências. E isso é viver: o desencontro de corpos logo após o encontro e os pedaços que deixamos para trás.


E a saudade? A saudade é feita dos pedaços que o outro levou consigo, da sensação de que ele poderia te completar de alguma maneira. E é isso que faz o coração apertar. E também é isso que faz o rosto corar.


Hoje pela manhã o sol me fez sorrir. Sempre me sinto bem na primavera. Que venha logo.
Prometo não falar demais. Mas venha logo.
Esperar me dói.