sexta-feira, março 20, 2009

Enquanto tudo parece derreter.

terça-feira, março 10, 2009

Muito tempo sem esse sentimento de vazio. Andava ocupado demais me enchendo de coisas, coisas, coisas. Hoje o vento está mais frio, e sinto novamente um pedaço meu desprendido do corpo, sinto. É aquele sentimento que tantas vezes já descrevi aqui, cada uma delas de uma maneira diferente, pois cada dia diferente torna esse vazio cada vez mais unico e incompreensivel a sua propria maneira e representação. Hoje ele se apresenta associado a uma certa dor, uma certa angustia... nada desesperador, mas é como se o tempo estivesse se arrastando por não haver uma parte de mim fazendo parte de seus segundos, minutos, horas. E me sinto sozinho, aqui, no sexto andar.

Venta mais aqui em cima, tudo se move devagar, sendo levado pelo invisivel. Como ainda não comprei a cama, estava deitado no colchão vendo todos os papéis do meu dia a dia, aqueles que acumulo nos bolsos e coloco em cima da pilha de livros do chão a noite, serem arrastados bem devagar, cambaleando pelo chão, e isso me fez sentir inerte. Eu, ali, parado, enquanto o que não tem vida é levado pelo vento. Isso me fez sentir estático, pesado e inerte. E isso me fez sentir sozinho.

É como se a solidão fosse uma pedra amarrada nas costas, impedimento de seguir. As vezes sou assim, romantico. E agora chove, e não venta mais. Respingando na janela, a chuva leva o romantismo e deixa uma certa indignação.

Cansei desse sentimento de vazio.