sexta-feira, janeiro 08, 2010

Meus olhos teimam em cair, fechar.
Mas agora não.
Ou sim, permito.
No sólido preto, escuro, sem sonho, nada existe além de mim.

Pois se, depois de espada, escudo, elmo, sangue nas mãos;
Depois de palavra, verbo solto, adjetivo, adjetivo, substantivo vão;
Se depois de tanto tanto a imagem não faz jus,
seria jus ao que vê o coração?

Espero que não.

Não pode ser tão grande a ilusão. Tão grande o não ver.
Você deve ser maior que isso, que o que vi naquela imagem, que o que vi naquele dia.
Maior do que o escuro sólido da solidão de agora.
De olhos fechados.
De corpo aberto e ouvidos atentos.

Mas não são teus passos, e sim o vento que faz tudo deixar o silêncio então.

E, na solidão de agora, no som que agora escuto, você é vão.

E de vão se fez presente,
e a presença se fez ausente,
e no fim, quase no fim,
encontrei um sonho vazio de mim.

E se o mar me trouxe você um dia,
em pensamento, hoje o vento leva o que sobrou.
O que sobra para mim?
(Des)Contentamento?

Sonhe comigo, um dia, por mim.
E me deixe saber. Talvez assim, talvez,
sintamos o que é ser dois.

"if you don't eat yourself you'll explode instead"

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Quando tudo se acalma depois de tanto vento, turbulência, aterrisar é estranho e... frio? É como se tudo tivesse sido calor, campo de batalha. É como se cada compasso do coração batesse mais forte durante o que foi, e, sem saber o que vem, virasse um descompasso lento e gelado. Dolorido.
Reconstrução. De dias, meses, anos. Idéias, pessoas e vontades.

Se der vontade, termino depois.