sexta-feira, julho 31, 2009

Pedaços de sexta-feira

Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um.


em Pequenas Epifanias
de CAIO FERNANDO ABREU.

(I really don't want to...)
Caio Fernando é algo que não se pode ler assim, sem mais nem menos...


- Você tem um cigarro?
- Estou tentando parar de fumar.
- Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
- Você tem uma coisa nas mãos agora.
- Eu?
- Eu.


em Quando Jupiter encontrou Saturno
de CAIO FERNANDO ABREU.

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tão doce,
tão cedo,
tão já
tudo de novo
vira começo


em La vie en close
de PAULO LEMINSKI.

Haja hoje para tanto ontem.


em La vie en close
de PAULO LEMINSKY

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Aquilo que provavelmente pedi e finalmente tive, veio, no entando me deixar carente como uma criança que anda sozinha pela terra.


em A paixão segundo GH
de Clarice Lispector.

quarta-feira, julho 29, 2009

Como pode ser tão inseguro?
Medo do que já foi, pra quê?

terça-feira, julho 28, 2009

As vezes prefiro fingir que não deixei nada para trás, que não esqueci nada no vácuo de dias que passaram e nem se fizeram presentes. Tem momentos em que essa confusão faz bem, mas justo agora?
É como se um auto-boicote acontecesse sem ninguém pra perceber. É como se pra mim bastasse saber que eu não quero chegar aonde sempre tentei. É como se eu quisesse prolongar o caminho.
Chega. Não dá pra ficar andando em círculos, é preciso mudança. E chegará aquele dia em que nada se fará presente, somente poeira do que passou. E quando esse dia chegar, quem sabe eu deixe de lado o que senti e passe a pensar no que pretendo sentir, no que posso sentir. Talvez no que sinto.
E tudo seria mais simples. Eu tenho certeza do que sinto agora, mas será? Será? A lua em escorpião tem tornado meus pensamentos nebulosos e conflitantes. Tanta dúvida, tanta dúvida. Na verdade, certeza só tenho do que sinto.
Mas tudo se faz de dois. De dois. De dois. Apenas um não, sempre dois.
E se a certeza é só uma?
Quando caminho, todos os dias, no frio, fazendo o mesmo caminho, não penso em nada disso. As manhãs parecem mais vazias.
E as noites, sempre se preenchem. E eu sinto uma certa angústia por isso.

Oh, poor little rich boy, all the couples have gone...

sábado, julho 25, 2009

eu tenho medo de surpresas, ultimamente.

quinta-feira, julho 23, 2009

Todos os dias o mesmo caminho se faz diferente. É incrível como a rotina tem suas nuances. E mais ainda como o que se escuta durante o trajeto tem o efeito de mudar todo o contexto do que se vê.
Nesses dias tão frios, quando a luz pela manhã é acinzentada, tudo parece desbotado. Tudo parece aquarela. Tudo parece escorrer.
É como se a ausência de cor e calor derretesse a imagem e o que resta é o vazio da música. E essa ganha mais força, e quando se percebe, os olhos enxergam mas não veêm mais nada. E tudo se projeta para onde queríamos estar, com quem queríamos estar, ou, o contrário.
Tudo pode ser medo, insegurança, alegria ou plenitude.
Só dependendo do que os fones sussurram. Só dependendo do que ecoa em você.

Ao abrir o chuveiro hoje, logo tudo se preencheu de vapor. Tão intenso que tudo pareceu mais branco, mais etéreo, menos real. E me senti mais vivo por estar ali, sentindo aquilo tudo.
Me senti mais vivo com a água quente molhando os cabelos. E finalmente, meus olhos se abriram para o dia. Para a rotina que tanto me incomodou algum tempo atrás.
E que hoje, só me faz bem.

Faltam ainda pequenos pedaços, eu sei. Mas, sinceramente, estou aprendendo a esperar.



"The birds are singing to calm us down"

quarta-feira, julho 22, 2009

Acordou mais cedo que de costume, sem que o despertador precisasse tocar, e, imediatamente, levantou.
Banho quente, o sol nem nasceu.

Com calma fez café. Com mais calma ainda tomou.

Frio, muito frio. Frio umido, frio de chuva. Laura Marling.
E melancolia sem fim.

Um dia daqueles onde parece que nenhum sentimento faz sentido, tudo é incerto, cinzento e escuro. Um dia daqueles onde você se sente perdido, como quando dentro do onibus as paisagens parecem estar em camera lenta. Um dia daqueles que terminam assim, sem nem ter começado.

Pelo menos tinha vinho em casa.
Pelo menos ele sabia que é um dia apenas.
Pelo menos ele acha que é.

"cross your fingers, hold your toes, we all gonna die when the building blows..."

terça-feira, julho 21, 2009

Passei o dia com a cabeça longe.
Me incomoda escrever com as mãos tão geladas.

Penso demais em quem está longe. Penso demais nela que está do outro lado do oceano.
Penso demais nela que não está gostando de falar italiano.

Nesses dias em que penso demais só encontro problemas.

Estou carente. Inseguro. E com saudades.
Estou mais libriano do que nunca.

Mas, apesar de tudo que acabei de dizer, estou sereno.
Até diria feliz, mas seria pretensão.
Não?




(sem pretensões, ok?)

segunda-feira, julho 20, 2009

look what I've found!



(eu nem lembrava destas fotos)

quinta-feira, julho 16, 2009

Guess What?

"You've been acting awful tough lately
Smoking a lot of cigarettes lately
But inside, you're just a little baby
It's okay to say you've got a weak spot
You don't always have to be on top
Better to be hated than love, love, loved for what you're not

You're vulnerable, you're vulnerable
You are not a robot
You're loveable, so loveable
But you're just troubled

Guess what? I'm not a robot, a robot
Guess what? I'm not a robot, a robot"

(música de consolar coração adolescente, mas funciona)

domingo, julho 12, 2009

Nem sei ao certo o que sinto, a não ser esse cansaço. Foram dias intensos, mas de uma certa forma, parecia que algo estava perdido.

Guess what? I'm not a robot.
Me faz sentir feliz saber disso.







ao som de Ghosts - Laura Marling.