terça-feira, setembro 22, 2009


Dia cheio, daqueles onde você esquece da própria vida e vira pensamento vazio. Daqueles onde você não tem tempo de pensar no que era, foi, será, enfim. Daqueles dias que de tão vazios preenchem... acalmam.
Estou transitando entre vários estados. É óbvio que não havia um tijolo, pedra, grão que não me lembrasse de ti. E músicas. E lugares.
Mas era tão sereno.
E ao mesmo tempo, só me esquecia de tudo a cada instante. Tanta coisa nova, tanta coisa. Racionalização, sabe? Pedaços, pedaços, pedaços. Quase gritei que os queria de volta, mas agora... agora não. Agora já estão outros em seu lugar. Sinto tão bem, tão bom.
Com os pés na grama, encostado nele, não havia você. Só eu. Ele, de leve. Mas fez bem. Ao sol.

Hoje percebi que as encostas do morro da lagoa estão todas floridas. Flores simples. Mas as primeiras.
Palavras simples, mas as primeiras.
Numa linguagem que não dói.
De uma maneira que satisfaz.

De tão perto pra tão longe, de tão longe para não sei onde. E é assim. Tão humano, até infantil. Tão comum.
E de tão dentro pra tão alto. E assim, tudo se desfez.

Primavera.
Tudo voltando a viver.
Inclusive...

Onde parei? Ah, deixa pra lá. Saber de mim já basta. Sou uma bagunça, sabia?

O que realmente importa é que os ipês estão florindo.







2 comentários:

Anônimo disse...

que maravilha! que floreirem.

Anônimo disse...

floreiem!