terça-feira, maio 23, 2006

coisas

tem coisas que não são ditas pra seis bilhões de pessoas.
e coisas que não dizemos nem pra nós mesmos.
e no meio de todo esse programado e esperado recomeço, ele recomeça a escrita.
em terceira pessoa.
ele nem sabe mais do que gosta ou desgosta, e de quem esperar colo.
ele nem sabe.
nem quer saber. está arranhando paredes e mordendo quina de mesa.
está gastando os dentes na estante e as unhas no assoalho que não se risca.
gastando tinta em azulejos e dedos no teclado. sem som, e sem notas.
não quer esperar cabelos crescer, não quer cortar as unhas.
não quer ter mais paciência e não quer mais se preocupar.

quer dormir, acordar, e ter tudo ensolarado.
e frio.
inverno é assim. um sol fraco, que eriça os pelos, mas aquece.
e faz sentir o coração morno.

mesmo quando vazio.

3 comentários:

Diego Remus disse...

"o sol no inverno é tão poético
dá mais alma ao meu ser erótico"


sinto frio diariamente
trabalho nunm lugar mto frio

preciso morar na praia
kk


tmb tenho tanta coisa pra dizer e pra não dizer
pra pensar e pra não pensar

ai
como a gente é.

né.

Debra. disse...

e eu te sinto
e sinto.

Anônimo disse...

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