segunda-feira, maio 28, 2007

Andava na rua sentindo frio na pele. Frio no peito. Pouca lã para tanto vento. Abraçava a si mesmo em busca de um pouco mais de calor... seria frio ou carência? O inverno faz isso, não faz? Começar a confundir sensação de sentimento é tão fácil assim.
Espero que sim.
Pés descalços sobre a grama, imagina. Sente um arrepio correr a espinha. Sabe se lá por que.

E ao chegar, tudo em seu lugar. E tudo tão certo como não poderia estar.



Frio nos pés. Meias pra aquecer. Unhas pra cortar e roupas pra lavar.

Depois de tantas voltas, tudo no seu lugar. Um dia a vida há de mudar. Ou a mudança há de viver. Ser vida, no frio, é mais dificil do que entender.

sábado, maio 12, 2007

Nem sei como seria, mas me pego pensando, e no vagar do pensamento, lentamente me perco por entre imagens e palavras.
Engraçado este vínculo, tão próximo e tão distante. Bocas que nem se conhecem mas que parecem estar amarradas. Toque desconhecido e que parece ser tão confortante que poderia ser apenas toque, e nada mais.
Cada vez que paro para pensar me considero tolo, ingenuo. Mas também vejo nisso tudo beleza sem par. E acreditando na beleza do desconhecido, os passos seguem tão firmes quanto os dedos, e as certezas se constroem aonde só de pode imaginar.
E esperar, exercicio tão intenso de paciencia para uns e para outros, eu incluso, começa a ser um treino diário.
Exercicio.
E todos os dias na rotina concentrada de um objetivo, este pequeno desvio... que faz tão bem, tão bem que não quero dele me livrar.
Estamos no caminho certo. Agora é só acertar o passo.

quinta-feira, maio 03, 2007

Sai. Deixa de fazer parte do meu ano. Teus meses já se passaram.

Me recuso a te ver, ouvir, ou ter.
Me recuso a ser você;

me recuso a sentir teu cheiro no travesseiro;

não admito encontrar tua pele no lençol, tampouco cabelos no ralo.

Me recuso a deixar você fazer parte de mim.



E não consigo fugir.

Nem querer.