terça-feira, setembro 16, 2008

Eram tão quentes teus braços que me esqueci do frio que fazia do lado de fora das paredes. Eram tão seus os braços que não pude esquecer que não seriam meus, e nem queria que fossem, pra ser sincero. E nessa mania de ser sincero não me permiti imaginar se um dia seriam. E se cada vez que eu piscava os olhos via avermelhar a vida dentro das paredes e esquecia da vida lá fora, também perdia detalhes tão unicos como cada uma das risadas destes ultimos dias.

Me esqueci de colocar chinelos e hoje meu nariz escorre como quando criança. Esqueci de aquecer o corpo e meus ouvidos dóem em pontadas que me fazem contorcer o braço direito. E mesmo assim eu não sinto nada além da inércia do trabalho excessivo.

Como foi bom esse fim de semana. E como foi ruim. Tenho a sensação de que perco minutos preciosos enquanto me bronzeio em luzes artificiais. Preciso de vida pra viver. Os ipês estão florindo, e nem saí do lugar. E cada vez que o inverno acaba, quero voltar atrás.

E cada vez que o verão começa, quero seguir.

2 comentários:

Anônimo disse...

toma xarope quando estiver assim.
não resisti ao trocadilho
hehe
teamumui

queria um ipê por aqui

Thiago disse...

"...perco minutos preciosos enquanto me bronzeio em luzes artificiais. Preciso de vida pra viver..."

adorei as expressões usadas, assim como todo o texto.
parabéns pelo blog.
^^