terça-feira, maio 26, 2009

Começa a esfriar e tudo parece solitário. Como se nada no mundo tivesse seu par. É como se, individualmente, tudo acontecesse, desprendido da necessidade de sentir-se acolhido ou acolher. É como se houvesse silencio nos passos, como se as pedras não rangessem e como se as folhas não fizessem aquele sussurro, aquele leve som de cócegas ao vento.
É um silencio só. Solto.
E todas as cores desbotam, e o mundo se fecha. E assim me sinto tão mais em casa. Como se não precisasse ser dois, como se nunca ter namorado fosse comum. Como se viver sozinho não fosse tão assustador.
Não ter com quem dividir soa estranho a quem escuta. Mas é simples.

Esse sentimento de não-paixão causa um certo vazio, mas uma certa plenitude.
Conversar sozinho resolve muitos problemas. É como se sobrasse tempo pra me compreender...

Mas, até quando segue essa calmaria? Até as palavras ecoarem por todos os corredores?

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