Aqui estou novamente imaginando como poderia ter sido, e se, sido assim, como seria o hoje. E o presente passa em velocidade diferente, e tudo parece se arrastar no pensamento preso no antes. E me pego imaginando com quem, como, porquê e talvez, até, se isso tudo aconteceu.
Ou se ainda vai acontecer.
Tenho tanto tempo pela frente, aparentemente, e tão pouco se passou, que não faz sentido.
Deveria fazer?
quinta-feira, março 11, 2010
quinta-feira, março 04, 2010
Da série ensaios: Da mudança, e por si permanência.
De tudo que se passou desde a ultima vez que escrevi aqui o mundo pouco girou. Tremeu, é verdade, mas tudo permanece intacto, vigas para o alto sustentando tetos que não deixam o céu entrar. Tampouco a chuva. E se, de cada estrela a luz permanece, nada se viu desde então. E se de cada gota que caiu o som se fez, nada se ouviu. A inércia é completa, de tímpano a coração.
E se, de tudo que se passou desde o ultimo ponto final algo restou, esse algo foi o espaço depois do ponto, esperando a maiuscula seguinte, a nova sentença, algo diferente. Pois se o foco mudou, e faz bem, e promete ser melhor, e promete ser pro futuro e pra muito mais, algo ficou pra trás. Uma parte do ser, ignorada friamente para que o foco permaneça.
E se, na maiscula a frase se faz, inesperada e contundente, quebrando, ecoando e fazendo sentido ou não, é por que algo faz falta. Aquela parte ignorada se impõe, cresce, grita. Dói. Foco, foco, foco. Foco, vai ser melhor. Vai fazer bem. Está sendo assim.
Foco.
Desfeito. Reticências. Ponto ponto ponto. E se a mudança esperada acontecer, do outro lado, porém, nada muda. E vai acontecer. E nada vai mudar. E assim terei mais, serei mais, e muito mais, porém, ainda, incompleto.
É como a palavra sem acento. Ela é, ainda, por si só, o que deve ser. Compreensível também. Mas não é a mesma coisa.
Vai ser melhor. Me faz feliz saber.
Mas,
ainda espero. Como sempre. E como sempre, me repito.
E se, de tudo que se passou desde o ultimo ponto final algo restou, esse algo foi o espaço depois do ponto, esperando a maiuscula seguinte, a nova sentença, algo diferente. Pois se o foco mudou, e faz bem, e promete ser melhor, e promete ser pro futuro e pra muito mais, algo ficou pra trás. Uma parte do ser, ignorada friamente para que o foco permaneça.
E se, na maiscula a frase se faz, inesperada e contundente, quebrando, ecoando e fazendo sentido ou não, é por que algo faz falta. Aquela parte ignorada se impõe, cresce, grita. Dói. Foco, foco, foco. Foco, vai ser melhor. Vai fazer bem. Está sendo assim.
Foco.
Desfeito. Reticências. Ponto ponto ponto. E se a mudança esperada acontecer, do outro lado, porém, nada muda. E vai acontecer. E nada vai mudar. E assim terei mais, serei mais, e muito mais, porém, ainda, incompleto.
É como a palavra sem acento. Ela é, ainda, por si só, o que deve ser. Compreensível também. Mas não é a mesma coisa.
Vai ser melhor. Me faz feliz saber.
Mas,
ainda espero. Como sempre. E como sempre, me repito.
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