Começa a ver as coisas de forma diferente. Quem sabe seja melhor assim, pensa.
Refletir mais sobre é inútil. Tem decisões tomadas, não pretende mudá-las. E todos os dias, quando passa por debaixo dos ipês roxos da praça onde a estátua de bronze chora, parece estar preparando-se para a guerra. A guerra do novo-dia. Continência, coronel.
E cada vez que para e pensa, que calcula, tudo parece tão claro. Quem dera fosse fácil como pensar.
Mas sabe, talvez seja. Talvez seja sim. Talvez só seja preciso ter paciência.
Quantas vezes essa palavra foi escrita aqui?
Só sei que nos ultimos meses, tanta coisa mudou que parece que o mundo saiu do eixo.
Tantas convicções, tantas considerações. Medidas de respeito, consideração, tempo, tudo, tudo saiu do lugar. E parece tomar nova posição. E assim, mudam-se os conceitos, mudam-se as visões.
Os preços do mercado mudaram, as cores nas camisetas mudaram, os cheiros mudaram.
Mudaram as idéias de cidade, os sentimentos pelas pessoas, a visão que tem do que se é quando se vê através dos olhos do que foi.
Positivista, tenta ser. Tenta. Mas é dificil. É mais fácil ver tudo como um copo de cristal prestes a quebrar-se no brinde. Mas não. E se, recolhem-se os cacos.
E, como se termina um texto destes, quando nada do que se diz tem por si só um final?
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