Andava pelas estrelas fitando o chão. Quando decide descer, erra o pulo. Perde-se por momentos dos quais faz questão de lembrar. Aprender. E assim segue. Não sabe dar um passo de cada vez, desce escadas na ponta dos pés e tem um dedo do pé fraturado. Sabe muito bem onde quer chegar, mas não o caminho a seguir.
Com um punhado de estrelas tenta encontrar a constelação correta. Insiste. Relaciona os pontos, tenta entender. Ver do lado de fora, coexistir. E assim tenta, tenta, senta. Descansa e retorna aos passos amontoados. Cada tentativa leva semanas, meses. E ainda erra. Nos mesmos pontos talvez.
Quem dera conseguisse realmente tocar o que tanto tenta alcançar. Mas sabe, parece ser muito mais gostoso ficar tentando.
Até que fatigado, resolve sonhar. E assim, cria sua galáxia, suas constelações, seu planeta.
E a única certeza é que as estrelas ainda estão lá para brilhar. Existindo ou não.
E esse existir, ultimamente, não tem sido o maior dos problemas?
Um comentário:
não consigo explicar o que sinto ao parar aqui - quinzenalmente, talvez? me sinto como se tivesse perdido algo ao não ler quando saiu do forno; e ao mesmo tempo me sinto encontrando um tesouro.
lindo.
te amo, e tô aqui. sabe, né?
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