Suspiro. Pronto, inflam-se os pulmões de ar. Vida nova a cada segundo. É incrível a capacidade que o cotidiano tem de renovar as energias, mesmo quando tudo está parado exatamente em seu lugar.
Encontros ocasionais que fazem os dias serem mais vivos... conversas jogando palavras fora. Como pode alguém se privar disso? Do que faz a vida ser vida e não uma mecânica ação de tentativa de sobrevivência? Cada passo dado segue um rumo determinado pela razão de tal forma que foge da compreensão.
Venta tanto que os pelos se arrepiam. A roupa na máquina faz barulhos que me fazem pensar a cada minuto que algo está caindo... as vezes chuva, as vezes pratos, as vezes folhas...
Devendra Banhart faz tudo soar familiar. Sabe quando você se sente acolhido estando sozinho, e com o pensamento longe, perdido? Sabe? Isso é o retrato da melancolia que todos vivemos.
Tanta gente ao redor, correndo, olhos no chão ou no céu... e todos tão solitários. E mesmo junto, sozinhos. A selva de pedra. Hahahahahahahaha. Clichê péssimo, eu sei, mas as vezes cabe. E adoro clichês. E ser sozinho é um deles. Saibam, porém, que não desdenho as companhias que tenho. Apenas afirmo que elas fazem da vida vida, mesmo quando nos sentimos sozinhos. E são elas que fazem com que sejamos felizes, mesmo quando parece que ninguém está aí.
Referências.
E neste instante sinto falta da minha mãe. Coloquei-a para ler estes textos agora, e queria ver seus olhos para entender o que ela entende.
E sinto falta de alguém que nem sei se existe.
E sinto falta de tanta, tanta coisa que me sinto em falta.
E é assim que encontro todos os dias um motivo para acordar.
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