Tenho passado pouco por aqui. Não sei se as aflições que levam a escrever estão escondidas ou se simplesmente se foram (por um tempo, creio eu), mas sem elas o texto não segue. Sem elas os dedos não teclam. E os motivos são diversos, e todos bons motivos, e são. E por ser, assim é.
Foram dias intensos, de sol e calor demais. Sentia-me derretendo, escurecendo. Sentia-me esvaindo. E retornando, na ducha fria. E vivendo no teu perfume. Mesmo depois de ter deixado que o vento levasse.
E cada vez que penso nos cheiros tudo volta a ser. E tudo é sim. E sabe, quando lembro de ter visto teus passos vindo em minha direção, depois de ter dito adeus, sinto que foi bom. E verdadeiro.
E agora posso voltar a escrever, já que aquela plenitude momentanea se foi e tenho motivos para exercitar os dedos, o ego, o ser.
E sabe, sinto falta de sentir. E até de sentir falta. Mas seria tão bom não ter que. E talvez assim os olhos não fechassem com medo. E eu não sonhasse com possibilidades, e sempre acordasse na hora...
Pelo jeito, agora, as letras vão fluir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário