Caiu do céu, e sem saber se estava embriagado ou não mais, acreditei. Era como qualquer dia de inverno: cinza, talvez branco, e agradável. Vento frio, exigindo um toque incomum na pele. E doeu tanto, pareciam ser as minhas pernas chocando-se contra o chão. Levantou-se, sorriu e eu sem saber, olhei sem acreditar. Talvez tenha percebido. Não sei mais. Mas foi acontecendo lentamente e deixou algumas marcas indeléveis. Me incomoda ainda.
Me incomoda, um ano depois, me incomoda. E não acredito. Sempre essa história de "you are the only one"... talvez seja.
Bobagens. Ainda tenho tempo para saber. Mas sabe, em momentos inoportunos, um domingo a noite, ou melhor, uma segunda de madrugada, surpreendo-me com tudo que não queria ler, ou ver. Refluxo. Esses meses que passaram somem, e tudo volta ao mesmo dia, no mesmo lugar, quando vi um par de olhos, que, posso jurar, preferia nunca mais encontrar.
Entre estes olhos e os meus, hoje, reza uma distancia infinita. O que eu teimo em desacreditar.
Vi, em outros olhos, os mesmos. Vi em outras cores todas as mesmas nuances. E tudo volta. Refluxo. Nostalgia tola, besteira minha. Mas ainda sim tão meu que não consigo me livrar. E tudo parece congelar, ao redor. Uma crosta fina de gelo, reluz.
E não neva aqui. Não tenho como esperar.
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