quarta-feira, janeiro 02, 2008

Teu amor não é tão cego quanto deveria. E enquanto você acha que engana a muitos, pode ter certeza que engana a poucos, você mesmo e talvez mais uns dois ou três. Nessa sensação de certeza pura, tão grande que não cabe no peito, parece-me de alegria séria e distante.

E não, isso não me faz falta.

Enquanto o mundo se desfaz a conta-gotas pela janela tenho a nitida sensação de gotejar pelo vidro abaixo. Sinuosamente criando caminhos que não vão se repetir mais. E acordei tão cedo nesta folga... pra quê? Pra ver chover? Não. Pra fugir do sono onde você teima em aparecer... com seu falso amor-cego.

Meu corpo em ti é braile.
Teu corpo em mim é baile.

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