Começa a esfriar e tudo parece solitário. Como se nada no mundo tivesse seu par. É como se, individualmente, tudo acontecesse, desprendido da necessidade de sentir-se acolhido ou acolher. É como se houvesse silencio nos passos, como se as pedras não rangessem e como se as folhas não fizessem aquele sussurro, aquele leve som de cócegas ao vento.
É um silencio só. Solto.
E todas as cores desbotam, e o mundo se fecha. E assim me sinto tão mais em casa. Como se não precisasse ser dois, como se nunca ter namorado fosse comum. Como se viver sozinho não fosse tão assustador.
Não ter com quem dividir soa estranho a quem escuta. Mas é simples.
Esse sentimento de não-paixão causa um certo vazio, mas uma certa plenitude.
Conversar sozinho resolve muitos problemas. É como se sobrasse tempo pra me compreender...
Mas, até quando segue essa calmaria? Até as palavras ecoarem por todos os corredores?
terça-feira, maio 26, 2009
quarta-feira, maio 13, 2009
Parecia rasgado, arranhado. Andava com as pernas inseguras e sem direção. Fechou os olhos e continuou andando, tentando manter a linha reta. Teste de auto-confiança, talvez.
Ouvia algo, ou pelo menos usava os fones. Parecia inerte em relação ao mundo. Era a paisagem que andava, não ele.
E assim parecia a pessoa mais tranquila do mundo.
*
Dói tanto que chega a ser engraçado. Fotos distantes, de você distante. Prefiro quando sorrindo, mas é uma questão pessoal. Percebi que elas mantém seu rosto vivo em mim. Não lembro mais de nenhum cheiro ou textura. Deveria ser melhor assim, mas nunca sei ao certo.
Ouvia algo, ou pelo menos usava os fones. Parecia inerte em relação ao mundo. Era a paisagem que andava, não ele.
E assim parecia a pessoa mais tranquila do mundo.
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Dói tanto que chega a ser engraçado. Fotos distantes, de você distante. Prefiro quando sorrindo, mas é uma questão pessoal. Percebi que elas mantém seu rosto vivo em mim. Não lembro mais de nenhum cheiro ou textura. Deveria ser melhor assim, mas nunca sei ao certo.
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