terça-feira, julho 13, 2010

Perdendo o controle sobre o sentir. Sentir-se bem e mal, tão tênue. É como esvaziar-se. Esquecer.
E, se, por acidente, vejo as fotos me lembro de quanto tempo faz sem ter o sol assim, aquecendo não só a mim.
E o silêncio se desfez, caíram as notas e ecoaram por todas as paredes. Perfuraram tímpanos, e quem dera, quem dera, fosse minha voz.
Som oco, de batida consecutiva, compassada, que se perde no ritmo e encontra o caos.

E o silêncio cai. E tudo é tão quieto, assusta.

É tão íntimo estar sozinho em silêncio, não gosto de encontrar a mim mesmo, assim, inesperadamente.
Não sei agir. Não sei retribuir afeto. Não sei retribuir amor próprio. E tudo acaba na calmaria do sentimento afogado.

Eu li, eu sei, eu lembrei.
Nunca esqueci. Nunca soube como ignorar. Nada, até então.
Ter consciência.
Ter paciência.
Ter força.

Não escorrer, não derramar, não deixar passar, não ver e não escutar.
Não sentir, não bater, não pulsar, não viver.
Não é a saída. Não é o caminho, não é o que devia ser.

Não é o que eu esperava.

Me disseram, uma vez: "a fórmula da felicidade é: expectativa - realidade".

Não para mim.
"Expectativa = realidade", sim. Mais adequado. Mais satisfatório.
Mais um.

2 comentários:

João Paulo disse...

Quero entender essa parte:

"Expectativa = realidade", sim. Mais adequado. Mais satisfatório.
Mais um.

Discorra sobre o assunto da proxima vez que conversarmos. ;D

gabi disse...

a que eu encontrei é:
realidade - expectativa.

ela me encontrou, na verdade. e tà dando certo.