Tinha um quê de escuridão, este dia. Algo como uma película umida e enevoada que tudo cobria. Era dificil ver através. Era um dia cheio de mistérios, como a criança que brinca de pirata e tenta convencer não saber onde escondeu seu próprio tesouro.
Era um dia quase frio. Era um dia imerso nos perigos de saber de sua existência. E, quando deixou de sabê-lo, este dia acabou.
Misteriosamente.
E nesse acabar tudo levou. Levou a névoa, o tesouro da criança, a invisibilidade do sentimento.
Levou a si próprio.
E recomeçou, mas então, já era outro.
Outro dia.
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