Bem, eu nunca quis ser aquilo que te faria sentir. No significado da palavra: sentir. Sempre soube que sentiria, mais por mim. Sempre. E sempre foi assim. Nunca me neguei isto.
E é claro, sempre soube das consequências de sentir sozinho, e arquei com elas, toda vez que pude. Evidentemente, muitas vezes senti na carne.
É como acordar em dia de chuva, sabe? Sem ter o guarda-chuva xadrez cafona, mas que funciona. É como ver um filme dublado, por mais que seja para adolescentes.
Tá. Já chorei sim. Chorar por homem, pouca vergonha. Disparate. Homem é tudo palhaço!
Me incluo sim.
De qualquer forma, não aprendo. Nem com meus próprios erros. Uma pausa para respirar e fumar, e pronto, esqueci onde tinha parado. Se é de todo mal, nem sei. Mas bom também não é.
Quem sabe seja culpa desses vinte anos. Pouco pra se saber. Ou culpa minha, absoluta mea culpa. Ou de ninguém. Pra que culpar alguém? Nem tudo tem um culpado. Tampouco, sobram inocentes.
Abro o orkut, vejam a ironia:
"Sorte de hoje: O tempo é o senhor da razão"
Paciência, Senhor. É tudo que peço. E sei o quanto custa.
Parcela em seis vezes no cartão? Em meio ano pagando promessa quem sabe eu chegue lá.
Droga. Onibus me tira do sério. Falta de xampu no chuveiro também. Bom é ficar esperando as coisas caírem do céu... dinheiro, emprego, namorado. Tudo cai do céu, pelo que vejo. Preciso de um apartamento com área ao ar livre, pra ver se apanho alguma coisa. Procurar não tem dado resultado algum. Quem sabe eu não esteja enxergando direito. Mas óculos? Me recuso. Cara de bolachão de mel e óculos não combinam.
Sabe aquela bolacha de mel seca enorme que vendia em boteco, num pote ao lado dos corações de abóbora? Essa mesma.
Enquanto escrevo isso tudo, fico enrolando o cabelo que cresce todo errado. Seco. Por mais que eu hidrate. Fazer carinho na própria cabeça. Pronto. Cheguei ao fundo do poço.
Cadê as molas?
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