O que esperar?
Os passos seguem;
Pessoas vão,
e vêm.
E os dias passam.
E as noites encurtam,
e a luz se apaga.
E se tiram as roupas,
e se sentem as unhas,
respiram-se as peles,
molham-se os dentes,
os dedos, os olhos.
Tocam-se corpos,
afastam-se
pensamentos.
Faz-se humano,
sangue, suor, saliva.
Faz-se humano,
por instinto.
Faz-se humano,
humano extinto.
E no caminho as placas ainda mostram direções por setas tortas;
e nas ruas as pedras ainda saltam por pneus;
e folhas ainda caem;
e nada muda, por mais mágico que tenha sido.
Rá.
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