terça-feira, março 20, 2007

Está tudo escuro ao redor, já é mais de meia-noite, e escuto respiração. Ainda sei que a vida presente ao redor permanece. E o sono não vem. E penso, tento entender. E tudo foge. Como os passos mudos na rua, as solas nas pedras, a sujeira nos vãos. Toda a poeira e cinzas. Tudo que me faz lembrar o que posso vir a ser, um dia, quando deixar de sentir. E cada passo precede um arfar, e cada inspiração precede uma respiração. E perdooem-me por estar sendo redundante, pois a vida é.
São dias que seguem dias, são minutos precedidos e sucedidos por minutos. São segundos se amontoando em horas, dias em meses, e anos em décadas, vidas.
Coração bate redundante.

E a fala termina por si só.










"Andava pelas estrelas fitando a sarjeta..."

2 comentários:

Anônimo disse...

sempre gostei desse engocio de metafora,gosto do seu texto,inquieto,hora amargo e triste"todo carnalval tem seu fim"hora pueiril"se eu fosse um desenho animado" hora irado"A única coisa que tenho vontade agora é de quebrar alguma coisa."
gostei daqui rapaz,pretendo voltar,quero que vc se encontre logo pra dizer "por q caminhos andou..."
abraço

ricardo disse...

lisonjeado.

:)