quinta-feira, agosto 31, 2006

EU VOU PARTICIPAR DA ENTREVISTA COM O CARDIGANS.








(momentinho de felicidade instantanea)

segunda-feira, agosto 28, 2006

Vem com o tempo, leva embora o sorriso. Segue seguindo, sempre andando ao lado, arrastando o ar respirado por ele.
Ele que acorda com a boca seca, esquece de tomar agua, veste-se automaticamente e prepara-se para mais um dia de sorrisos amarelos e palavras macias.
Não se incomoda, ele tem palavras macias aos montes. Nem tanto os sorrisos.
Tem tanta coisa que tem e tanta coisa que falta que não sabe mais contar.
Mas uma ele sabe.
E dá valor. Mesmo sendo inconsistente. Mesmo sendo vaga. Mesmo sendo distante.



(Pra você que está longe, longe e perto. E nem deve saber o quão perto está. Aqui no sofá, pra mim)

duas notas

Duas notas que percorrem um caminho sinuoso de uma orelha até a outra.
Entrando pela esquerda, saindo pela direita, seguindo seu caminho.

Plaft. Batendo na parede... soando desafino. Segundos após afinadas, morrendo surdas.

E eu sinto o coração desacelerar, junto com as duas notas. Notas vibrantes, não de papel, mas de muito mais valor. E o coração quase para.

Uma camada fina de ar, uma mais fina de vidro verde, uma espessa de ar, uma fina de vidro transparente o ar em transparência cercando todo o resto. E a paisagem toda correndo contra o carro, correndo, correndo... fico sem ar.

E o coração quase para. Quase. Fica parado por algum tempo até.
Daí então me recordo, os olhos se movem incessantemente, REM.
E ele volta. E me assuto, e tento recuperar o ar todo de uma vez.
E inflo os pulmões, e sinto vida, e sinto batida, e sinto, sinto, sinto...
Cinto.
Desafivelo o cinto, pés no chão.


Mais uma vez, pés no chão.

E as vezes, tudo, e tudo mesmo, o que eu queria era continuar junto das nuvens, lá em cima, seguindo. Não como elas, para os lados. Mas para cima.

E a estrada, que corria na velocidade da terra contra os pneus acaba. E o dia acaba.

E o texto termina.

domingo, agosto 20, 2006

Perfurando tímpanos, ele segue falando. Consegue verdadeiramente não se importar? Creio que não, mas assim ele segue.
Com sujeira por debaixo das unhas, e algumas palavras sujas entaladas na garganta, segue com lágrimas molhando o rosto, e lágrimas diluindo o sangue.
Salgado.
Sorve o chá, para acalmar-se. Doce, nauseante. Doce, como sempre fora. Doce até demais, demais para ser engolido.
Acalma-te, acalma-se. E somente assim pode ler em voz alta os pensamentos. Quanta coisa se pode pensar em apenas segundos, decisivos e seguros, correndo no relógio enquanto corremos contra eles, contra o tempo. Quantas palavras cabem num segundo?
E quantos segundos cabem nas minhas palavras? Essas, que já deixaram de existir faz três letras...

Enquanto puder ler o que penso, penso que estou vivo.
E enquanto você puder saber o que quero, penso que se importa.

E enquanto isso, tudo acontece por aqui.
E por aí, tudo é pensamento. Fluido, leve, leve, leve...

Leve contigo as palavras que pensei e nunca disse. Eu sempre soube.
Assim como você.
Agora, escorro, e corro escada abaixo. E escada acima subo. E arremesso a chave pela sacada.


Preso para fora, como o ar que expiro, inspiro.

domingo, agosto 13, 2006

Caminhos.

Um cigarro em jejum com a boca seca pra acordar e pronto: fez-se mais um domingo.
Abrindo-se as portas da varanda o apartamento inunda-se de luz, e os olhos reclamam.
E em apenas alguns instantes as cores aparecem como sempre são, quando não é noite.
E o que restava do sono se despede num bocejo.
E inumeras coisas passam pela cabeça. Varrer, limpar, organizar. Colocar tudo no seu devido lugar.

E outras tantas coisas dificeis de resolver assim.
Mas são sempre as mesmas coisas...
São sempre as mesmas palavras... as mesmas saudades.
As mesmas experiencias.

E eu não parei no caminho. Parece que o caminho parou em mim.

Numa das curvas, talvez, eu tenha me enganado.
Ou também, talvez eu tenha seguido na contra-mão. Ou errado na bifurcação.
Mas cheguei num ponto seguro. Certo ou errado. E agora daqui não passei.

Incomoda, isso.
E ponto.

sexta-feira, agosto 11, 2006

e depois rasgo.

rrraasg o

ras

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s

s







(KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)

quarta-feira, agosto 09, 2006

Saudade demais, num dia de menos.
Um vento frio, levemente frio, que eriça os pelos.
Um sol tímido, quase escondido.
Um sorriso amarelo, quase não sorrindo.

Me sinto avulso. Perdido dentre as sensações de um clima nada seguro.
Me sinto longe, de mim. De ti.

E toda essa saudade me faz sentir gelado.
O coração desacelera.

Quem sabe tuas palavras tornem tudo mais veloz.
Quem sabe...